Dois anos = Uma caixa

É estranho como no fim você consegue enfiar dois anos inteiros numa caixa. É a isso que se resume, né? O primeiro beijo, o primeiro filme no cinema, o primeiro fim de semana que ela cuida da sua gripe, a primeira trepada, a segunda trepada que é melhor que a primeira porque na primeira você estava nervoso demais. No fim ficam as tralhas, o DVD de uma banda que você nem gosta muito, mas que ela te deu na melhor das intenções no começo, e o cd de uma banda que você detesta que ela deu sem prestar muita atenção já no final. São as coisas que ficam intactas. As memórias mudam, pra melhor ou pra pior.

A eterna espera para começar a viver

A gente ouve toda hora pessoas mais velhas reclamando do que já passou, do tempo que perderam, que podiam ter feito mais, que parece até um crime reclamar de alguma coisa com 25 anos. O problema é que ninguém diz o quão assustador é ter tanto tempo à sua frente. Eles ficam falando da vida, do quanto tem que se aproveitar a vida, usufruir da vida, ser saudável para curtir melhor a vida, comer bem, casar, casa, cachorro, dois filhos em média, que não dizem exatamente quando é pra gente começar a realmente viver, e o que realmente é isso afinal. É a conjunção desses fatores? Porque não pode ser o oposto disso? E se for simplesmente fazer nada, esperar até que seu corpo esteja cansado demais e a única coisa que você possa fazer é... esperar? Parece mais sem graça, só que menos assustador. E se for isso que eu quero?

Apresentação da apresentação da apresentação

Juro, sério, JURO que esse será o último quadrinho, post, comentário e afim que tratará de apresentações. Mas é que precisava me livrar desses primeiros para estabelecer de vez quem eu sou e com quem vocês estão lidando.

Em breve as coisas começarão a ficar um pouco mais estranhas....

Voltando ao começo

Hora de sair um pouco do mundo de Ned e tentar me encarar um pouco. Como disse anteriormente, finalmente criei coragem e vou começar a postar aqui alguns quadrinhos relativamente autobiográficos. Alguns pensamentos meus relativos à infância, adolescência, e um grande etc.

Como não sou muito de revelar o que realmente sinto das coisas (acreditem, isso está sendo um enorme esforço, tentar colocar eu mesmo, e não um cachorro exagerado, parece pouco, mas não é) vou começar com um quadrinho relativo ao meu primeiro post, sobre a dificuldade de dar o pontapé inicial.